O último dia do Mozambique Fashion Week estava reservado ao Pan Africano. Vários estilistas de África tiveram a oportunidade de mostrar ao público moçambicano e não só, o que de melhor se faz no seu país.
A estilista angolana Mia Mendes foi a quarta dos dez estilistas a subir na passarelle da 7ª edição do Mozambique Fashion Week. Elegância e modernidade foram os pontos fortes da sua colecção, mas não foi tudo. A arte de desenhar foi o que mais chamou a atenção de todos, e a seda é o seu tecido favorito.
Mia Mendes apostou em desenhos tipicamente africanos, recriando padrões das samacacas do Sul de Angola - a sua principal inspiração -, de onde sairam peças únicas e elegantes.
Quem também mereceu alguns aplausos foi a estilista angolana Carla Silva, residente em Moçambique há mais de 18 anos.
Carla não se deixa dominar pela rotina e a cada ano que passa, dá provas de tanto sucesso à nível nacional e internacional.
Este ano, a estilista apresentou uma colecção de vestidos de gala e de noite, e apostou não só em tecidos europeus como também provou mais uma vez que é possível apostar na qualidade e elegância usando tecidos africanos.
A noite terminou com a exibição da colecção masculina do estilista sul-africano Shaldon Kpman.
Hendrik Vermeulen, Kobus Dippeaar, Robi Morro, Carla Silva, Ailinda Sawe, Mickley Banda foram alguns dos estilistas convidados a desfilar no último dia da 7ª edição do Mozambique Fashion Week. O local foi pequeno para tanta gente que se fez presente na noite deste Sábado, dia 10, no ‘Joaquim Chissano’.
‘Pan- africano’ é como se designa o desfile de estilistas internacionais provenientes da região africana, que durante as edições têm marcado presença na semana de moda da capital, Maputo.
A marca Hendrik Vermeulen da África do Sul, foi a primeira a apresentar a sua colecção. Vestidos de gala, curtos e compridos, foram as apostas destes dois jovens que, mais uma vez, confirmaram que é possível criar peças cheias de glamour e elegância.
Depois destes, foi a vez da estilista namibiana, Odile Gertze, apresentar a sua colecção. Odile não fugiu muito dos seus colegas e apresentou uma colecção de vestidos longos, mas também um conjunto de saias e blusas próprios para o dia-a-dia.
Mais arrojada foi a estilista Robi Morro, que apresentou vestidos um pouco acima dos joelhos, justos e próprios para festas e jantares entre amigos. Não esquecendo o tecido tradicional daquela região de África.
De angola vieram as estilistas Mia Mendes e Carla Silva, que mais uma vez, surpreenderam o público com vestidos que deixam qualquer mulher africana deslumbrante em qualquer ocasião e evento social.
Para encerrar o desfile dedicado ao Pan Africano, o estilista sul-africano Shaldon Kopman trouxe uma colecção cem por cento masculina. Para além de uma simples apresentação, Kopman fez uma demostração das mil maneiras de usar um simples casaco.
A noite ficou caracterizada por uma ovação do público pela espectacular apresentação de colecções ricas e modernas dos estilistas africanos. Uma prova de que África não é apenas o berço da humanidade, mas poderá vir a ser o destino de moda e inspiração de vários estilistas internacionais.
A dança e a música fizeram parte da 7ª edição do Mozambique Fashion Week 2001. Este ano, vários foram os artistas que se juntaram à semana da moda e abrilhantaram o público com as suas músicas. Na última noite do MFW, coube ao músico Moreira Chonguiça encerrar o desfile ao som do saxofone. O grupo de dança Xindiro foi o responsável pela abertura do evento.
A 7ª edição do Mozambique Fashion Week, decorreu entre os dias 2 ao dia 10 de Dezembro, tendo o dia 3 sido reservado ao concurso MFW School.
Combater o cancro da mama e alertar para os males que esta doença traz nas mulheres e nas famílias moçambicanas foi um dos objectivos traçados pela DDB, em parceria com a Associação da Luta Contra o Cancro, na 7ª edição do Mozambique Fashion Week. Foi assim na passada quarta-feira, dia 7, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em mais um dia de desfile, em Maputo.
Desta vez, o slogan foi: “Toque para saber se é real, o cancro da mama é real” e a acção era tão simples como controversa, isto é, colocar uma mulher de pé dentro de uma caixa preta, no qual tinha dois orifícios à altura do peito, o que permitia que os seios ficassem à vista de todos. A mensagem escrita fazia o resto: "Toque para saber se é real...".
Para além de uma simples mensagem, era um convite a todas as mulheres presentes, para tocarem nos seios da modelo e perceberem que de facto eram reais, tal como o cancro da mama.
A resposta foi imediata. Entre risos, espantos e alguma vergonha, as mais corajosas lá iam tocando, recebendo em troca um folheto que completava a mensagem, explicando como se deve fazer o auto-exame, a única medida que pode detectar a existência de alguma anomalia nos seios.
No final da acção, o director criativo da DDB Moçambique, Zeca de Oliveira, ficou bastante contente com o resultado final e afirmou o seguinte: "Acho que acções como estas ajudam a gerar discussão. E, no final das contas, é disto que precisamos, ou seja, discutir sobre o cancro da mama, pois ele é um problema real".
Durante toda a semana de evento e antes do início de cada desfile, os presentes eram convidados a assistir um spot publicitário sobre o cancro da mama, uma doença que preocupa cada vez mais as famílias moçambicanas e o mundo inteiro.